terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vídeo relato dos Cursistas

Auto Retrato


É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer. É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual. Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo... (Nando Reis)

É bom concluir etapas que nos propusemos cumprir! É bom saber que no momento fizemos o melhor! É bom perceber que se formos fazer amanhã, faremos melhor ainda...
As Oficinas do Gestar 2009 foram muito proveitosas. Nos proporcionou reflexões que nos fizeram crescer profissionalmente. Tivemos a necessidade de pesquisar e estudar mais, muito mais. Os nossos cursistas foram maravilhosos, cumpriram com as tarefas solicitadas com muita vontade, isso é gratificante. É gratificante percebermos o professor querendo mudar as suas aulas, querendo alcançar objetivos. Tudo isso é mudança proporcionada pelo Gestar.
Que Gestar é esse que nos eleva a auto-estima, que nos faz acreditar que podemos? Não imaginei que em tão pouco tempo, em meio a oficinas muito próximas, conseguiríamos desenvolver um trabalho com qualidade. Corri muito, fui a várias escolas, vi, discuti, refleti realidades distintas e resultados parecidos. Sei que não fui perfeita, mas quem disse que busco a perfeição? Quero ter sempre a consciência tranquila de que nesse momento, faço o melhor. Se tenho que me dar uma nota, acredito que oito é merecido, pois apesar dos erros, chego ao final dessa etapa com a sensação de dever cumprido e o desejo de que no próximo ano possa sentir a alegria de saber que fiz melhor que no ano anterior.
Valeu à pena! Ô se valeu!! Posso dizer que estou feliz!

Oficina TP2 unidade 6


E veio a Gramática com toda a sua imponência trazendo mudanças...

A Oficina foi muito criativa, no primeiro momento usamos o vídeo "Aula de Português”, sobre a reforma ortográfica, o que nos proporcionou uma excelente reflexão.
Convidamos os cursistas para refletirem sobre a postura do professor de Língua Portuguesa, em sala de aula:
  • quais estratégias utilizadas para que o aluno leia, entenda e aplique as recomendações que são sinalizadas no texto dele?
  • Que importância é dada às atividades de análise linguística? E como deve ser o trabalho com a gramática?

Depois que os professores refletiram a respeito da gramática, o seu ensino e o seu uso, fizemos a leitura do texto de referência e passamos a discutir a respeito dos tipos de gramática e ensinos. Sistematizamos com textos de Sírio Possenti, Mikhail Bakhtin e Luiz Carlos Travaglia.
As discussões foram muito proveitosas, pois nos proporcionou um momento de grande interação. Conhecemos através das colocações, que muitos mitos são criados em torno do ensino da Gramática. Alguns colocaram que muitos alunos não vêem necessidade de estudar gramática, pois não condiz com a sua realidade, outros que não precisam usá-la, pois na vida que levam a gramática que usam é suficiente. Sabemos que os problemas existem, mas conhecer a gramática de sua Língua é um direito de todo cidadão.
Concluímos o nosso trabalho com a certeza que pouco fazemos, mas descobrimos que com o Gestar encontramos alternativas para melhorar a nossa prática pedagógica.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

TP1 Unidade 2

Que trabaio danado de bão!!
Og v6s naum tm 9da10?
Oxente! eu tenho! óia aí óia!!
Trabalhar variações linguísticas foi muito prazeroso. Os professores cursistas aproveitaram ao máximo toda a oficina, participaram com entusiasmo das atividades e desenvolveram os trabalhos em grupo com muito êxito. Tivemos atividades com níveis, tipos de variações, grau de formalismo e sintonia.
Esse TP traz atividades muito interessantes para serem aplicadas em sala de aula. As sugestões dos "Avançando na Prática e dos AAAs são realmente muito boas.
Começamos a nossa Oficina com a "Oração do Matuto", muito bacana para iniciarmos o trabalho sobre variações linguísticas. Fizemos a fundamentação com textos de Dino Pretti, Marcos Bagno e Stella Maris. As reflexões foram muito proveitosas, os cursistas participaram e contribuíram muito para o enriquecimento desse trabalho. Aproveitamos para fazer um "passeio" pelo AAA, mostrando as atividades propostas, procurando dinamizar o trabalho do professor em sala de aula.
Encerramos a nossa Oficina com a "Linguagem Nordestina", um texto muito interessante com diversos falares, mostrando a riqueza dessa pluralidade cultural que temos no Brasil.
Agora rumo ao TP2, que venha a gramática!!!

domingo, 15 de novembro de 2009

Oficina TP6 Unidade 22

Ê Oficina boa!!!
Realizamos a Oficina do TP6 unidade 22 com muita Argumentação e produção textual. Os professores cursistas adoraram as atividades. Poduzimos texto coletivo e em grupo.Foi muito bacana saber que segundo os professores essas atividades poderão ser feitas em sala de aula. O nosso objetivo foi cumprido, refletimos sobre os tipos de argumentação e identificamos estratégias relacionadas ao planejamento de escrita de textos.
Socializar conhecimento é sempre muito gratificante, pois temos sempre muito a aprende. A realidade da sala de aula vivida pelos nossos cursistas que nos trazem muitas experiências, e assim vão enriquecendo as nossas vivências, é fundamental para a grandeza do nosso trabalho. Tenho muito a agradecer! Estou crescendo muito profissionalmente.
Bom argumentar com autoridade é necessário, só assim temos propriedade do que estamos nos propondo: a participação de todos na Oficina foi muito valiosa pois, além do blá blá blá, efetivamos trabalhos muito bons, como estudo de textos, discussão e desenvolvimento de atividades relacionadas aos tipos de argumentação. Chegamos ao término de mais essa etapa com a leve sensação de dever cumprido.Ufá!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Oficina TP5 Unidade 18

A Oficina do TP5 Unidade 18 foi realizada com muito estudo e socialização de conhecimentos a respeito de Estilo, Coerência e Coesão nos textos. Arrumamos a sala com figuras de estilos diversos, moda, arquitetura, poemas etc.
Os cursistas foram provocados a participarem, colocando seus conhecimentos prévios observando os aspectos relacionados à coerência, estilo e sobre cada ponto a ser explorado, como pistas textuais, gêneros etc., De forma coletiva fizemos a conexão entre partes de um texto, observando a coerência, foi um trabalho muito interessante, os grupos fizeram a síntese do texto de referência,discutindo se é possível compreender o sentido do texto retirando os morfemas como sugere o autor. Depois fizemos a socialização para juntos percebermos a coerência do novo texto. Utilizamos alguns “resumido” do TP5 para maior dinamismo da nossa explanação, discutindo assim se a coerência textual está apenas no texto ou depende também de seus interlocutores?
Analisamos os avançandos correspondentes à unidade da oficina, destacando o objetivo, conteúdo, adequação de série e comparamos com alguns AAAs, destacando a aula 2, unidade 18, p. 50 AAA5, versão do professor.
Assim concluímos os nossos estudos levantando questionamentos a respeito de: Existem palavras mais importantes em um texto? Há palavras que podem ser retiradas, sem prejudicar seu sentido? E quanto ao estilo? Compromete o sentido do texto?

Oficina Projeto/Portfólio


A oficina de Portfólio possibilitou aos professores cursistas descobertas a respeito de Portfólio, o que é, para que serve e como usá-lo em sala de aula.
Fundamentamos a construção de um Portfólio através da leitura e discussão de textos, de autores como: FREIRE, Madalena. O papel do registro na formação do educador. Diálogos Textuais. Espaço Pedagógico. SP 2001. CASTRO, Edmilson. A produção do registro do educador: decifrando sinais. Espaço Pedagógico. SP: 2001. , A. A S M. Amara & EMÍLIA, A. A dissertação e o pensamento lógico. In: Escrever é desvendar o mundo. 2ª edição, Campinas. São Paulo: Papirus, Shores, E., & Grace, C. (2001). Manual de Portfólio: Um guia passo a passo para o professor. Porto Alegre: Artmed.
Apresentamos os critérios de Avaliação do Portfólio do Programa Gestar II, esclarecendo cada item e relacionando-os com as partes que compõe o Portfólio. Foi realizada a entrega e socialização dos anteprojetos desenvolvidos pelos cursistas, mediamos este momento, pedindo que todos socializassem as problemáticas e temáticas escolhidas para trabalharem.
Criamos um clima de interação e foi muito bom ver professores preocupados em encontrar soluções para suas escolas.

Oficina TP4 Unidade 14

A Oficina do TP4 Unidade 14 foi muito movimentada, estudamos e discutimos as diferenças entre letramento e alfabetização; conceitos de analfabetismo; alfabetismo, iletrado; o processo de letramento; importância da cultura; papel do professor e da escola. Possibilitando ao professor cursista reflexões a respeito de letramento levantando considerações dentro dessa perspectiva, relacionando as características, finalidade, linguagem, entre outros das situações de uso da língua.
Foram analisados textos diversos, inclusive o texto de Referência do TP4 (p. 54 e 55), analisamos também “Avançando na Prática” e AAAs correspondentes à unidade estudada na Oficina, observando de que forma as atividades contemplam a proposta do letramento. Depois de todo estudo teórico proporcionado, planejamos em grupos atividades para os nossos alunos, contemplando da 5ª a 8ª série, onde foram observadas diversas situações de letramento a que estamos submetidos durante todo o tempo, refletindo sobre como a escola se comporta diante dessa proposta.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Oficina de Avaliação

A oficina de avaliação foi muito proveitosa, possibilitou aos professores discussões a respeito das múltiplas perspectivas para o processo avaliativo e como usar os resultados das avaliações internas e externas para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem nas escolas. Para tanto, sugerimos inicialmente alguns eixos que, do nosso do ponto de vista, são fundamentais para o debate sobre currículo com a finalidade de que professores gestores e demais profissionais da área educacional façam reflexões sobre concepção de avaliação, relacionando-as a sua prática. Percebemos a real importância de que é preciso olhar de perto a escola, seus sujeitos, suas complexidades, rotinas, fazer as indagações sobre suas condições concretas, sua história, seu retorno e sua organização interna.Tornou-se fundamental, com essa discussão, permitir que todos os envolvidos questionassem sua prática, percebendo que é urgente buscar novas possibilidades sobre avaliação: o que é? Para que serve? A quem se destina? Foi mais uma vez muito prazeroso participar desse momento de aprendizado junto com o professor cursista. É gratificante saber que estamos conseguindo fazê-los perceber e levar em consideração que o processo educativo é complexo, marcado pelas variáveis pedagógicas e sociais. Entendendo que esse processo avaliativo não pode ser analisado fora da interação dialógica entre escola e vida, considerando o desenvolvimento humano, o conhecimento e a cultura. Partindo dessa reflexão, significa saber que existe pontos de aproximação como, por exemplo, escola inclusiva, valorização dos sujeitos e do processo educativo.

TP3 Unidade 10

A Oficina do TP3 Unidade 10 – Gêneros Textuais do Programa Gestar II proporcionou aos professores um momento de aprendizado significativo.
Realizamos o trabalho de forma dinâmica e interativa diante da dificuldade do cursista em identificar e classificar Gêneros textuais.
Foi muito importante percebermos que professores ainda possuíam saberes em torno da classificação dos gêneros textuais como narrativo descritivo etc. Isso me dá a tranqüilidade de afirmar que o Programa Gestar tem realmente trazido melhoria na qualidade de ensino da escola pública do nosso país.
Fizemos leituras diversas, estudamos o texto de Referência do TP e percebemos a real necessidade de adotarmos a concepção de que nosso desempenho lingüístico se dá por textos. Por isso, apontamos para duas direções: A abordagem do texto na sua dimensão social e cultural o que leva a classificá-lo quanto ao gênero, e assim analisarmos os textos quanto às suas funções culturais e sociais. E A abordagem na dimensão informacional levando-os à classificação de tipos textuais, tema esse que será abordado em mais uma oficina.
Além disso, discutimos e analisamos textos diversos, dessa forma criamos um espaço de troca de ideias e experiências muito significativas para minha história educacional e com certeza para todos os cursistas presentes.
Deu trabalho, mas valeu à pena estudar e realizar essa oficina, ô se valeu!!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Oficina de Projeto

Compareceram todos os cursistas a essa oficina. Segundo depoimentos, a necessidade e curiosidade de aprender a fazer um projeto é muito grande. Como já citamos anteriormente esses professores são muito carentes de pesquisas e estudos, pois residem em cidades onde não possuem faculdades, a Secretaria de Educação pouco oferece e assim eles ficam meio que esquecidos no meio do nordeste baiano.
Vimos algumas metodologias, fizemos estudos de casos, discutimos temáticas e possíveis soluções.
Analisamos e preparamos todo o material sobre projeto. Utilizamos como embasamento teórico os livros de Nilbo Ribeiro Nogueira (Pedagogia de Projetos e Etapas de projeto) e Projeto Pedagógico de Maria Adélia Teixeira, entre outros.
Houve muita participação e as falas a respeito dos “problemas” escolares foram bem interessantes.
Os professores-cursistas na grande maioria lecionam no ensino fundamental de 5ª a 8 ªsérie em escolas de pequeno porte no máximo 400 alunos. A grande queixa (o que não é novidade) é a falta de interesse e de leitura por parte dos alunos. Existe assim a necessidade da elaboração de projetos que busquem alternativas para solucionar tais problemas em comunidades simples, carentes e distantes dos grandes centros urbanos.
Agendamos plantões pedagógicos para juntos continuarmos estudando e buscando alternativas viáveis à realidade encontrada.

Relato da Oficina Introdutória

A Oficina Introdutória do Programa Gestar II foi muito proveitosa, pois, apresentamos o Programa e discutimos as suas ações.
Compareceram a realização dessa oficina 25 cursistas com perfis diversos. São na maioria graduados em letras com especialização na área. Pude observar que a leitura por prazer é pouco utilizada, eles lêem mais por necessidade específica da profissão: livros sobre leitura e produção textual, a gramática e sua utilização em sala de aula, etc.
As cidades onde residem são pequenas têm em média 25 mil habitantes e não têm muitos recursos, a cultura é pouco valorizada, “a vida passa bem devagar”, para conseguirem estudar (fazer faculdade) precisam viajar para cidades maiores.
Os cursistas receberam os cadernos de atividades (TPs) e reconheceram o seu valor para os seus estudos individuais e coletivos.
Durante o desenvolvimento da oficina utilizamos Slides para apresentar o programa e as suas atribuições: a carga horária do curso, os estudos individuais, as oficinas, o projeto a ser realizado e o portfólio.
Foi um momento de integração e socialização de conhecimentos.
Alcançamos o objetivo dessa oficina: apresentar o Programa Gestar para os professores cursistas, fazendo um estudo do Guia Geral para que assim eles possam conhecer de maneira esclarecedora a estrutura do Programa.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Momento reflexivo – Encontro Gestar II

Relato da semana de 03 a 08/08/2009


O segundo encontro de formação do Programa Gestar II/2009 promovido pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira, com os formadores da UNB aconteceu em Salvador de 03 a 08/08/2009.
Vivenciamos uma semana muito leve e proveitosa no Campus da UFBA na Capital baiana.
O reencontro com a nossa formadora da UNB Isabel Ferreira foi muito agradável e de muito aprendizado.
Mais uma vez tivemos uns “probleminhas” que Isabel sabiamente resolveu. Dessa vez foi a falta de comunicação. Iríamos apresentar um seminário com o tema previamente escolhido, mas, por não termos sido avisados a tempo, não foi possível a sua realização como planejado, mas, fizemos apresentações proveitosas de temas orientados pela professora que nos cativou e envolveu a todos desde a 1ª aula. Nos dias seguintes estudamos e apresentamos em grupos as sete formatações das Oficinas que realizaremos até dezembro.
Como sempre Isabel nos trouxe muitas novidades. O Vídeo “Capturar o vento” foi maravilhoso. Uma dinâmica diferente, criativa e muito sensível, que emocionou a todos. Não poderia deixar de falar dos slides da “Quando a Escola é de Vidro”, de Ruth Rocha, das inferências que nos proporcionou, do “Nóis Mudemo” que nos fez repensar sobre a nossa prática e o quanto precisamos estar atento a cada aluno e suas particularidades, e de todo o material de muita qualidade que tivemos acesso.
Socializar conhecimentos é sempre uma experiência muito proveitosa. E com formadores de qualidade nos enriquecemos e ganhamos muito mais. E assim presenciamos uma Educação com mais vida, dinamismo e aprendizado.
Obrigada a você Isabel por nos proporcionar esses momentos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Saber ver

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.
Gabriel Garcia Marquez

domingo, 12 de julho de 2009

A Leitura e o Mediador

A quem cabe mediar leitura?


Sueli Bortolin

O termo mediador deriva do latim mediatore, e significa aquele que medeia ou intervém. Em se tratando de leitura, podemos considerar que o mediador do ato de ler é o indivíduo que aproxima o leitor do texto e que facilita esta relação.
Podemos considerar como mediadores de leitura os familiares, os professores, os bibliotecários, os editores, os críticos literários, os redatores, os livreiros e até os amigos que nos emprestam um livro. Porém, os mediadores que mais se destacam são os familiares, os professores e os bibliotecários; portanto, é sobre eles que iremos tecer considerações.
Os familiares deveriam ser os primeiros mediadores de leitura, pois são os primeiros a estabelecer o elo de ligação entre a criança e o mundo; mas, em geral, os pais e demais membros da família não têm a dimensão da influência que podem exercer sobre as crianças no sentido de motivá-las à leitura. E também, infelizmente, nem sempre as condições econômicas do brasileiro permitem a ele a inclusão do livro no orçamento familiar, resultando que a maioria passa toda uma vida sem nunca ter comprado sequer um livro.
E assim, como a família nem sempre tem condições (econômicas e culturais) de cumprir a tarefa de mediadora da leitura, as escolas, de maneira precária ou de forma enriquecida, tentam fazer esta mediação. Portanto, o professor é encarregado compulsoriamente de aproximar o educando da leitura; e é fundamental que ele faça esta mediação, mostrando o texto de maneira prazerosa e não como instrumento de avaliação e tarefa. Para que o leitor, além de se ‘cumpliciar’ com o autor e as personagens, tenha no professor também um cúmplice; isto é, se o professor estiver disposto a compartilhar com ele a leitura/as leituras.
Da mesma forma, esperamos que isto também ocorra com o bibliotecário. Sobre este profissional, Silva (1987, p.5), comenta que: ”[...] percebo como impossível uma revolução qualitativa na área da leitura sem a participação e sem o compromisso dos bibliotecários para com os processos de mudança e transformação.” Possivelmente esta responsabilidade atribuída ao bibliotecário deve-se ao fato do mesmo se encontrar em uma situação privilegiada em relação aos demais mediadores citados, pois mesmo tendo um acervo de pequena quantidade, uma biblioteca pode possibilitar uma diversificação de leitura. Outra prerrogativa que pode ser considerada positiva na atuação do bibliotecário, é que ele, diferentemente do professor, não está atrelado a currículos e avaliações; portanto, tem maior liberdade para propor leituras, dialogar espontaneamente com o leitor, sem que o mesmo se sinta pressionado.
Independentemente de quem seja o mediador, vale salientar que a ele compete “[...] criar soluções próprias ou adaptar experiências alheias, consciente de que o leitor tem uma porta diante de si, em direção à leitura e ao conhecimento” (BARROS, 1995, p.58). Tamanha responsabilidade deve ser interpretada pelos mediadores como um desafio constante, pois o papel que eles desempenham na motivação de leitura pode interferir com maior ou menor profundidade na formação dos leitores de uma coletividade. Esperamos ainda, que os mediadores de leitura facultem aos leitores uma pluralidade de experiências, para que eles percebam a leitura não apenas como aprendizagem escolar, mas como elemento de lazer e satisfação.

REFERÊNCIAS
BARROS, Maria Helena Toledo Costa de. Leitura do adolescente: uma interpretação pelas bibliotecas públicas do Estado de São Paulo – pesquisa trienal. Marília: UNESP, 1995.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. O bibliotecário e a formação do leitor. Leitura: teoria & prática, Campinas, v.6, n.10, p.5-10, dez.1987.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Histórias tecidas, saberes escritos...

“Os contos infantis, com suas luzes puras e suaves, fazem nascer e crescer os primeiros pensamentos, os primeiros impulsos do coração. São também contos do lar, porque neles pode-se apreciar a poesia simples e enriquecer-se com sua verdade. E também porque eles duram no lar como herança que se transmite”.


(Jakob e Wilhelm Grimm, 1812).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Gosto de leitura...

Fazer da leitura e da escrita atos de profunda alegria e tornar o usuário uma pessoa disposta a ir ainda mais além no mundo da literatura, são alguns de nossos objetivos mais claros. E assim nos faz manter viva a idéia de que a Literatura se recria, se amplia, se funde com tempos reais ou não. É em nome da certeza de alçar grandes vôos rumo ao imaginário, que buscamos movimentos que nos contagie, nessa fantástica e inusitada viagem de letras!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Neste mundo de cegos...
Se podes olhar, vê; se podes ver, repara.
(José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Semana de aprendizagem no IAT

Reflexões da semana de 02 a 06/03/09 no IAT – Salvador/Ba


Que semana inesperada diferente!
Estávamos na expectativa de estudos teóricos dos TPS e nos deparamos com uma realidade para iniciantes. Vendo assim parece um infortúnio, o qual não foi.
A professora Isabel se posicionou claramente de maneira sábia e nos conduziu para uma semana de aprendizado de maneira tranqüila e suave. Estudamos os AAs, discutimos os TPs e assim trocamos muitas experiências e aprendizado.
Assistir ao filme “Narradores de Javé” foi maravilhoso! Discutimos sobre a leitura – escrita e o seu papel em qualquer sociedade.
Viemos para casa e para o nosso trabalho com a certeza que nada está perdido, que replanejar é necessário e que sempre temos muito a aprender, nunca estamos prontos e acabados, graças a Deus.

terça-feira, 17 de março de 2009

Estreito caminho


Estreito caminho
Como era maravilhoso ouvir aquelas histórias fantásticas que meu pai contava... vejo-me sentadinha e boquiaberta imaginando as personagens, as situações que se encontravam e os lugares que viviam...Sou personagem de uma família não leitora, meu simples contato com a leitura foi mesmo com os livros de histórias infantis e na escola. Não guardo muitas lembranças da minha alfabetização, a não ser do ABC do bichos, me pego lendo (A de águia, B de borboleta, C de camelo e etc.) achava fantástico, pois tinha animais citados no alfabeto que não conhecia, já que minha realidade era outra, morava na roça e convivia com cavalos, carneiros....Lembro muito pouco da minha professora e do método que utilizava, mas era ler, decorar e reproduzir as lições “tomadas” por ela..A melhor parte da leitura na minha vida veio através das histórias. Que histórias extraordinárias as que meu pai contava!! Toda noite ele nos reunia para contar histórias, quando não podia, quando não estava disponível por algum motivo que eu não sei dizer, ele pagava um senhor (velhinho) para nos contar suas incríveis histórias da princesa presa no fundo do mar em uma gaiola de ouro, do boi que ficou preso numa poça d água e etc. Foram momentos inesquecíveis, os quais tentei reproduzir para os meus filhos, contei muitas histórias para eles.Não Tinha muito acesso a livros, mas lembro de meu pai falando de Bocage e suas aventuras. Só na adolescência despertei para o prazer da leitura e descobri um mundo diferente através de Poliana, A cabana do Pai Tomáz, Meu pé de laranja Lima, Pássaros feridos, etc.A leitura na escola atualmente está voltada para a vida e seus problemas, como adolescência, drogas, jogos, violência, etc., o mundo fantástico da imaginação ficou para trás, parece não ter mais espaço... Acredito que os autores estão preocupados em escrever para serem lidos a qualquer custo e assim tentam se aproximar da vida real do leitor. A escola não é verdadeiramente um lugar onde se forma leitores e se faça leitura de maneira prazerosa, se lê por obrigação e necessidade. Os jovens e adultos de hoje não encontram na leitura o mundo do imediato e da praticidade que encontram na internet, na mídia, etc. o que é uma grande pena, pois assim se perde também a alegria imaginária do mundo fantástico da leitura.